OUÇA RÁDIO TERRA GAÚCHA

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O triste fim de um domador



Sempre que visito minha cidade Bagé, não deixo de acompanhar as notícias do Minuano, jornal local pelo qual tenho muito apreço e respeito. A edição do dia 21 de fevereiro me deixou um pouco triste, quando me deparei com a notícia da morte de um grande gaúcho. Transcrevo abaixo o belo texto do amigo Cláudio Falcão (publicado na página 9 do referido jornal) que conta um pouco da história desse que era um dos últimos gaúchos autênticos ainda vivos.

 No mês de janeiro, mais precisamente no dia 15, um gaúcho foi morto a golpes de facão. Lamentavelmente foi o primeiro homicídio em Bagé no ano de 2011. Seu nome era Aclício Zaragoza Ramos, uruguaio de nascimento, conhecido no vasto mundo rural apenas como Creca Zaragoza. Barbaramente assassinado aos 71 anos de idade, foi encontrado sem vida em frente a própria casa. Zaragoza simbolizou com sua morte mais um passo na direção da perda dos valores morais da sociedade atual. Quando jovem, ainda no Uruguai, entre changas e mandados, ganhava “algunos pesos” boleando avestruzes (emas) para tirar as penas e vender o produto de sua habilidade. Zaragoza foi o que se pode chamar de homem campeiro. Sua maior paixão era lidar com cavalos, domando-os. Também lhe agradava andar pelas estradas e caminhos da fronteira, que conheceu como poucos. Sua dedicação integral à doma e sua maneira de tratar a cavalhada lhe garantiam uma relação superior com os potros. Com poucos dias de trabalho já o seguiam com fidelidade e confiança. Várias centenas de baguais passaram por suas mãos calejadas e habilidosas. Domou em inúmeras estâncias e, em algumas delas, era o único domador aceito pelos proprietários. Se o “Creca” não podia domar, que os potros esperassem. Era comum vê-lo, estrada a fora, com mais de 20 cavalos. Todos em trabalho de doma, uns mais adiantados, outros mais brutos, aprendendo com o mestre e com os redomões. Sua rara habilidade com a potrada lhe conferia uma capacidade de deslocamento incrível. De madrugada saía de algum pouso no lado brasileiro e, ao entardecer, já estava muito longe, Uruguai adentro. Mas sempre retornava. Foi o primeiro homem rural da região a ser homenageado em música. Noel Guarany o citou na letra da chamarrita “na baixada do Manduca (“...e o careca Zaragoza nem liga pras gineteada...”). Eron Vaz mattos também o homenageou na música “Rincão dos touros”(“...e o Zaragoza criollo desta fronteira, contrabandeou a própria vida para aqui...”). 

Creca era também um exímio ginete, com participações em inúmeras festas gaúchas onde a gineteada era a marca forte e nelas recebeu vários prêmios. Sendo assim, não surpreende que tenha andado por São Paulo, em fazendas do interior, domando e gineteando. Ele próprio contava que tinha um bom salário e um futuro promissor por lá, mas que decidiu voltar por sua saudade. Era aqui a sua vida. De personalidade forte e atento observador do mundo ao seu redor, não deixava de expor suas críticas ao que achasse que não estava correto. Geralmente tinha razão dizem os seus amigos, que foram inúmeros. Mesmo com o jeito rude de homem campeiro, sabia portar-se com quem quer que fosse. Sua vida foi marcada por episódios interessantes que destacavam sua maneira de ser. Numa certa ocasião, em uma cabana, permitiu que as filhas do patrão montassem os potros que domava.  O pai, ao avistar as crianças montadas no cavalo aproximou-se agitado e o questionou. Zaragoza com a calma de sempre disse-lhe: “Você chegou gritando e já me deixou os cavalos nervosos. Eu entendo do meu ofício e não opino no seu, que não conheço. Se você me pedisse para montar, eu não deixaria, mas as meninas tem condição de montar, por isso eu deixei”. Desarmou o homem. Dizia ter muito carinho pelos cavalos que domava (que chamava de “meus cavalos”). Segundo contava, eram todos seus amigos. Apesar de ser um homem cordial e prestativo, não levava desaforo pra casa. Acostumado ao rigor da lida campeira, Zaragoza não era de “laçar com sovéu curto”. Se lhe agredissem, de alguma forma, sabia defender-se e não era de intimidar-se assim tão fácil. Talvez isso lhe tenha custado a vida. Com ele se foi boa parte da vida gauchesca. Alguns intelectuais dizem que o gaúcho já morreu. A sociedade contemporânea, com total ausência de referenciais culturais e movida pela bestialidade assassina, mata os poucos gaúchos que ainda existem.

Fotos – Eron Vaz Mattos

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rádio Terra Gaúcha 200 mil acessos .




Nós da Equipe Rádio Terra Gaúcha agradecemos à todas as pessoas que estão nos amadrinhando neste caminho de seguir lutando pela nossa arte musical e divulgando a nossa pátria gaúcha mundo a fora . Completamos agora no mês de fevereiro 1 ano de projeto , foram muitas as dificuldades as quais passamos e superamos porque contamos sempre com tua parceria amigo ouvinte . Cada um de nós está aqui com um grande propósito , o nosso é levar a verdadeira música do Rio Grande do Sul à todos os cantos desta terra , onde existem muitos de nossos irmãos gaúchos que por buscarem novos rumos em suas vidas saíram de nosso pago . E hoje buscam nesta maravilha da tecnologia acalantar a saudade de suas almas sorvendo o mais pura essência desta Pátria Gaúcha a nossa musicalidade.
Mas há também os irmãos deste rio grande que muitas vezes vêem nossa cultura sendo tão maltratada nos meios de comunicação que dão pouquíssimos espaços para nossos artistas mostrarem seu trabalho .

Agradecemos a cada um de vocês meus amigos , pela força e luz !

Matias da Silveira Moura .
Equipe Rádio Web Terra Gaúcha .

PARCEIROS RÁDIO TERRA GAÚCHA
De campo e alma – http://campoealma.blogspot.com/
De terra, campo e galpão – http://deterracampoegalpao.blogspot.com/
Terra, pátria e sapucay – http://terrapatriaesapucay.blogspot.com/
Com o sul no coração – http://comosulnocoracao.blogspot.com/
Pacholeando nos rodeios do sul – http://pacholasdosul.blogspot.com/
 Raquel Borba Pires - http://raquelkbp.blogspot.com/
Eduardo Rocha – http://eduardorocha.fot.br/
Edilberto Teixeira Neto – http://edilbertoteixeiraneto.blogspot.com/
Semo bem loco – http://semobemloco.com.br/
Fã clube Identidade – Luíz Marenco – http://faclubeluizmarenco.com/
Tarciane Tebaldi – www.shanetebaldi.blogspot.com
Manoca do Canto Gaúcha www.manocadocantogaucho.blogspot.com
Fabiano Bacchieri www.fabianobacchieri.com
Amaral Informática http://amaralinfo.hd1.com.br/
Correaria  Mão Crioulla http://maocriollacorrearia.blogspot.com/
Neiton Perufo http://nbppirografias.blogspot.com/

2ª Tropeada do Poema Gauchesco - Regulamento


 A 2ª Tropeada do Poema Gauchesco acontecerá no dia 03 de abril, durante o II Encontro Cultural e Campeiro, com a apresentação dos 10 finalistas, e premiação de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais).

Premiação:
Melhor Poema: R$ 500
Melhor Declamador: R$ 500
Melhor Apadrinhador: R$ 500


• Será concedida ajuda de custo no valor de R$ 800 à todos poemas classificados. Os prêmios serão pagos após a apuração final.
Regulamento - Download
Ficha de Inscrição - Download

Para maiores informações ligue:

(54) 32329026 – (54) 96257785 – Idalcir Peruchin
(54) 91024944 – Ângelo Constante
(54) 99178328 – Leonardo Zamboni

1º Festival Tropilha Crioula da Música Gaúcha de São Borja



Dias 03-04 de junho de 2011, em São Borja-RS.
Inscrições até dia 09 de maio de 2011.

Deve ser remetidas para o CTG Tropilha Crioula, Rua João Palmeiro, 1218, centro, São Borja-RS, CEP. 97670.000.

Telefones para contatos (55) 3431-1569, CTG
(55) 9973-6579, com Flávio Sartori.
(55) 9154-4934
(55) 9645-8229, com Nídia(patroa do CTG)
Email: flaviosaoborja@hotmail.com
ctgtropilhacrioula@hotmail.com

Fonte: Blog CTG Tropilha Crioula Blog do Rômulo Chaves

37ª Califórnia da Canção Nativa PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO


Depois de ter sua edição cancelada na data tradicional do mês de dezembro, a 37ª Califórnia da Canção Nativa está novamente programada para os dias 07, 08, 09 e 10 de abril de 2011. Desta feita a comissão organizadora promete uma realização marcante em 2011, ambientada no Parque Agrícola e Pastoril de Uruguaiana. Além da tradicional competição de composições, o evento terá shows com artistas de renome nacional, feira de produtos diversos, seminário cultural, rodeio cultural tradicionalista e festa campeira. A realização é do CTG Sinuelo do Pago.

ACalifórnia da Canção Nativa é considerada a "celula mater" do movimento nativista do Rio Grande do Sul que conta atualmente com cerca de 50 festivais sendo realizados a cada ano, a maioria deles inspirados no modelo inicial da Califórnia.

Fonte: Blog Ronda dos Festivais

Texto retirado da página : http://www.prosagalponeira.blogspot.com/

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Documentário resgata história e música de Adelar Bertussi.




Estreia neste sábado, dia 19 de fevereiro, às 22 horas, no salão da Igreja de São Jorge, em Criúva, o documentário musical Adelar Bertussi: O Tropeiro da Música Gaúcha. O lançamento faz parte da programação do 1º Gaitaço em homenagem a Honeyde Bertussi, irmão de Adelar.

O filme resgata a trajetória do integrante d’Os Irmãos Bertussi, dupla tradicionalista responsável pela formação da identidade musical do Rio Grande do Sul a partir da década de 40. Além disso, mostra Adelar Bertussi hoje, um homem campeiro, que ainda percorre os campos a cavalo, cuidando de seu gado e de sua fazenda em São Jorge da Mulada. O vídeo, com direção de Lissandro Stallivieri e produção da Spaghetti Filmes, também traz músicas conhecidas e algumas inéditas, nunca registradas. 

O público também pode conferir o documentário na Sala de Cinema Ulysses Geremia - Centro de Cultura Ordovás. As sessões ocorrem nos dias 22 e 23 de fevereiro, às 20 horas e do dia 24 a 27 de fevereiro, às 18h. A entrada é franca. O projeto foi financiado por meio da Lei de Incentivo à Cultura do município de Caxias do Sul, com patrocínio da Visate, Randon, Banrisul, Rádio Diplomata, Faculdade da Serra Gaúcha e Prefeitura Municipal de São Marcos.



Adelar Bertussi: O Tropeiro da Música Gaúcha
Documentário musical - 90 minutos
Estreia 19 de fevereiro (sábado) - 22 horas
Igreja de São Jorge – Criúva

Sessões na na Sala de Cinema Ulysses Geremia - Centro de Cultura Ordovás
22 e 23 de fevereiro – 20h
24 a 27 de fevereiro – 18h





Triagem do 27° Reponte da Canção




Começa a triagem do 27° Reponte da Canção

Buenas gaúchada,
Começa  começa hoje Quinta-Feira dia 24 e sexta  25, a triagem do 27° Reponte da Canção de São Lourenço do Sul. Os jurados: João Bosco Ayalla, Maria Conceição, Sergio Napp, Alaor Madruga, Arabi Rodrigues e Robledo Martins farão a triagem das músicas inscritas nas linhas livre e campeira do festival, respectivamente. São eles que terão a árdua missão de escolher, entre um numero muito expressivo de composições (especula-se que o numero de inscrições foi record na história do festival), as 14 músicas que estarão no palco do Reponte nos dias 31 (Pérola em Canto), 01, 02 e 03 de abril.
Assim que souber alguma coisa...aviso vocês!!
Fiquem ligados aqui no blogue!!!

Por Aline Ribas , Blog Os Festivais http://www.osfestivais.blogspot.com/

51 anos da morte do poeta Aureliano de Figueiredo Pinto.



 Poeta Aureliano de Figueiredo Pinto



Aureliano de Figueiredo Pinto
(Aureliano vem a falecer em 22 de fevereiro de 1959 com câncer.)

Aureliano de Figueiredo Pinto é, indiscutivelmente, um dos maiores poetas nativista de nossa terra, de todos os tempos.


Com seu vigoroso regionalismo, o nosso idioma, longe de empobrecer-se, adquiriu novas e cintilantes riquezas.


Seus poemas, nascidos das vivências campeiras, com invernos, tropeadas, rondas, noites longas, chimarrão, e outros temas rudes e belos. São sempre, impregnados de comovente humanismo e iluminados pelo sol de sua fulgurante cultura.


A divulgação de seus versos magistrais é, pois, exigência imperiosa de todos os que cultuam as letras pampeanas e que amam nossa Querência.


Nada, nos seus versos, do apenas fácil e pitoresco que caracteriza uma boa parte de poesia gauchesca. A poesia de Aureliano Figueiredo Pinto, profundamente ligada a terra, tem uma extraordinária densidade humana, assumindo sua temática, em muitos passos, o sentido de um canto geral que transcende o mero regionalismo. Poucos livros refletem com mais autenticidade o homem e a paisagem do Rio Grande do que estes “Romances de Estância e Querência”.


Aureliano de Figueiredo Pinto nasceu em 1º de agosto de 1898, na fazenda São Domingos, município de Tupanciretã, filho de Domingos José Pinto e de Marfisa Figueiredo Pinto. Exerceu o ofício de médico, mas por essência foi poeta e escritor.


O processo de alfabetização inicia-se em 1904 quando recebeu aulas de sua mãe, quatro anos depois no colégio Santa Maria em Santa Maria, seguiu seus estudos, de onde enviou a sua mãe seus primeiros poemas. Aureliano inicia ali seu martírio, sua ressurreição e sua glória: escrever.


Aos 17 anos, nasceu uma grande amizade com Antero Marques. Antero seria, pela vida afora companheiro, crítico e confidente a dividir aulas, pensões, ruas, e uma infinidade de cartas. Iniciam as discussões políticas, literárias e filosóficas, que os levariam a participar da Revolução de 30.


Passou a residir em Porto Alegre 3 anos mais tarde, onde prepara o vestibular para Direito, que trocaria mais tarde pela Medicina. Os poemas escritos em meio às anotações escolares antecediam sua estréia com poemas publicados no jornal Correio do Povo, com pseudônimo e nome próprio e nas revistas Kodak e A Máscara, um ano mais tarde.


Amigos passam a classificar seus poemas entre as correntes simbolista e parnasiana. Entre as anotações de aula, Aureliano escreve o poema Gaudério, que marcaria sua vinculação com o nativismo. Anos depois, Gaudério e Toada de Ronda seriam musicados por João Fischer. Segundo testemunhas de Antero Marques, Raul Bopp, entusiasmado com a produção do poeta diria que “Bilac assinaria estes versos” O poema Toada de Ronda é considerado o marco inicial da poesia nativista no Rio Grande do Sul.


Em 1924, parte para o Rio de Janeiro estudar Medicina, lá cursa o primeiro e o segundo ano e retorna a Porto Alegre. Lê Paja Brava, do Viejo Pancho, que marcará sua produção artística, e também livros de poetas regionalistas uruguaios e argentinos, que o influencia a escrever poemas em espanhol. Em 1926, volta aos estudos de Medicina no Rio de Janeiro, mas no mesmo ano retorna a Porto Alegre. Somente em 1931, conclui o curso de Medicina, e logo abre seu consultório em Santiago. Abre o coração aos campos e aos tipos humanos que o povoam. A partir dali o trabalho de médico rouba-lhe o tempo de leitura e criação. Passa a fazer viagens ao interior do município, atendendo a chamados médicos e fica com os peões tomando mate e ouvindo causos.


Três anos mais tarde por falta de dinheiro dos clientes para compra de remédio, suas práticas médicas são interrompidas. Aureliano cria um código que é colocado nas receitas, para que fossem debitadas para alguns de seus amigos. Nessa época, seus poemas são datilografados por Túlio Piva, para quem produz textos para serem lidos na rádio local.


Em 1937, já com quase 40 anos, passa a dirigir o Posto de Higiene de Santiago. Anos mais tarde, seria o fundador do Hospital de Caridade. Casa com Zilah Lopes, em 29 de dezembro de 1938 com que tem 3 filhos.


Em 1941, troca Santiago por Porto Alegre, assume a subchefia da Casa Civil do interventor Cordeiro de Farias. Fica poucos meses no cargo e retorna a Santiago.


Em 1956 inicia a reunir e selecionar seus poemas,espalhados entre amigos, para publicá-los em livros. Seu filho José Antônio vai à Editora Globo e ali espera até ter em mãos dez volumes de Romances de Estância e Querência – Marcas do Tempo o primeiro livro publicado de Aureliano de Figueiredo Pinto. Aureliano vem a falecer em 22 de fevereiro de 1959 com câncer.


Em 1963, é publicado “Ad Sodalibus” pela Livraria Sulina, seu segundo livro de poesias Romances de Estância e Querência – Armorial de Estância e Outros Poemas. Em 1974, é publicada pela Editora Movimento, a novela Memórias do Coronel Falcão. Em 1975, Noel Guarany recebe autorização dos familiares do poeta para musicar Bisneto de Farroupilha e Canto do Guri Campeiro.
Aureliano de Figueiredo Pinto - Poeta e Médico - Nasceu em Tupanciretã, na fazenda São Domingos, em 01 de agosto de 1898. Filho de Domingos José Pinto e Marfisa Figueiredo Pinto, foi um respeitado médico e poeta incomparável -  relatou em versos o seu
mundo e seu tempo, período de grandes disputas políticas e ditaduras. Logo após a sua formatura passou a residir em Santiago (RS), onde atuou como médico e, nas horas de folga, poeta. Quando visitava algum paciente no interior do município, ficava horas conversando com os peões ou mateando com eles nos galpões, o que fazia quando recebia campeiros para um mate em sua residência, após o atendimento que buscavam.


Concluiu o curso de Medicina em 1931, no Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, já trabalhava médico em Santiago-RS. Muito cedo podia ser visto vestindo uma bombacha simples, com uma chaleira e cuia na mão, hábito que nunca abandonou. Esperava a Farmácia Piva abrir, para uma charla com seu amigo Túlio, o proprietário.
      Entre agosto de 1936 e março de 1937 escreveu"Memórias de Coronel Falcão". Em 1937 dirigiu o Posto de Higiene de Santiago. Anos mais tarde foi o fundador do Hospital de Caridade. Em 29 de dezembro de 1938 casou-se com Zilah Lopes (do casamento nasceram os filhos José Antônio, Laura e Nuno Renan). Em 1941 mudou-se para Porto Alegre-RS, para assumir a sub-chefia da Casa Civil do Interventor Cordeiro de Farias, onde ficou poucos meses, retornando à Santiago.


      Seus versos foram organizados pelo amigo Túlio Piva, em Santiago, pois esses chegavam escritos em receituários, que eram passados a limpo e datilografados pelo amigo e foram editados nos livros " Romance de Estância e Querência".


      O livro "Itinerário - Poemas de Cada Instante" foi publicado com base em originais reunidos por familiares.
Aureliano de Figueiredo Pinto, com a irmã e mãe - em Santa Maria (RS)
      Em 22 de fevereiro de 1959, dias após o filho José Antônio ter esperado a Editora Globo editar os dez primeiros exemplares do livro impresso após amigos e familiares terem reunidos os poemas, que foram levados para Santiago - "Romance de Estância e Querência - Marcas do Tempo" -, Aureliano falecia de câncer.


      Em 1971, Noel Guarani gravou o LP Legendas Missioneiras, onde já incluiu uma obra de Aureliano, o poema Gaudério, musicando-a. Em 1973, Noel recebia da família do Poeta autorização para musicar outros poemas e inclui no seu segundo LP, "Destino Missioneiro", os "Bisneto de Farroupilha" e "Canto do Guri Campeiro", consolidando a parceria com o Mestre. No terceiro LP, "Sem Fronteira", gravou "Aquele Zaino". No quarto LP, "Payador, Pampa e Guitarra", gravado pelo Noel e o Jayme Caetano Braun, foi imortalizado o poema "Tobiano Capincho". O LP seguinte, lançado com o nome de "Noel Guarany Canta Aureliano de Figueiredo Pinto", incluíu oito obras do Poeta, musicados pelo Noel ("De noite ao tranqüilo", "O Canto do Guri Campeiro", "Oração de Posteiro", "Gaudério", "Aquele Zaino", "Tobiano Capincho", "Toada de Ronda" e "Bisneto de Farroupilha"). Por fim, no LP "Alma Garra e Melodia", Noel gravou de Aureliano o"Presídio Municipal", imortalizando parte da obra de Aureliano de Figueiredo Pinto.



Aureliano
Jayme Caetano Braun

I - Enrouqueceu a cordeona
Num lamento sepulcral
E ponteando em funeral
Deu o último gemido,
Que foi de ouvido em ouvido
Pela coxilha e o plano
Contar que o grande AURELIANO
Rumbeara ao desconhecido.

II - Morreu Aureliano Pinto
No longínquo Santiago,
O maior cantor do pago
Na cancha do gauchismo
E nos deixou no lirismo
Que dos seus versos deságua
Milagrosos veios d’água
Do crioulo nativismo.

III - Viveu cantando o Rio Grande
Como convém a um xiru,
Mais xucro que um pé de Umbu,
Muita sombra e tronco forte,
Sempre pelegueando a sorte
Todo riscado de talhos,
Lascando os últimos galhos
“De ponta com o vento norte”.


IV - E à hora da extrema-unção
Ao padre que o atendera
E que os óleos esquecera,
O xiru guasca, no fim,
Dissera, em voz fraca, assim:
- Meu padre, isso fica feio
Gaúcho vir no rodeio
Sem trazer o creolim -.


V - Se foi... como todos vão,
Já não respira entre nós,
Ficou porém sua voz
Como palanque sem casca,
Não dá de si, ninguém lasca
No amor ao Rio Grande velho
E é o mais sublime evangelho
Nos testamentos do guasca.


VI - Vate xucro, inigualável,
Deste chão onde nasci
Deus te guarde junto a si
Pois sendo guasca também
E te conhecendo bem
Ele, o Patrão do universo
Se encantará com teu verso
Junto aos fogões do além.



Saiba mais sobre Aureliano
http://www.youtube.com/watch?v=Ro76gnYttLc


Colaboração: Hilton Araldi

Reunião para discutir mudanças no ENART 2011.





No último sábado, 19, em Porto Alegre, uma reunião ocorreu entre o MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho), coordenadores das regiões tradicionalistas e as entidades filiadas discutiram medidas referentes à organização do Encontro de Arte e Tradião Gaúcha (Enart) deste ano. Do que aconteceu em 2010, foram pautadas as ações que podem ser melhoradas, como o sistema de credenciamento e a redução de custos para as entidades participantes.

Luiz Clóvis Vieira, coordenador da 5ª Região Tradicionalista, aponta que "mudanças devem acontecer e que todos os participantes puderam dar sua opinião para que o evento melhore nos pontos em que não foi bom no ano passado. Nas interregionais, o objetivo é que as invernadas possam competir com custo menor e que os artistas sejam mais valorizados".

Segundo Vieira, apenas duas invernadas de Santa Cruz do Sul devem competir neste ano. CTG Lanceiros de Santa Cruz, que já tem vaga garantida; e o CTG Rincão da Alegria, que vai disputar as fases classificatórias.

Outra questão é o uso do cartão tradicionalista como credencial aos tradicionalistas. Os acertos técnicos, como o sistema de avaliação, o sistema geral (fases, forças e critérios administrativos) e a acomodação dos grupos durante o evento também estiveram em pauta. "A ideia é que os grupos possam ficar dentro do parque, para que exista uma integração realmente", destacou Vieira.

O coordenador diz que o presidente do MTG, Erival Bertolini, virá a Santa Cruz do Sul para visitar o Parque da Oktoberfest e se reunir com os representantes tradicionalistas da região. Está prevista uma nova reunião, no próximo dia 26 na sede do MTG, em que estarão presentes os coordenadores regionais, conselho diretor e a presidência do órgão.

Publicado por: João Cléber Caramez
joao.caramez@gaz.com.br

Do Portal Gaz



Texto Retirado do Blog Prosa Galponeira http://www.prosagalponeira.blogspot.com/

Posse da Nova Diretoria do IGTF.



A Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore convida para a posse da Nova Diretoria, a qual tem como presidente Rodi Pedro Borghetti, diretor administrativo Valter Carneiro e diretor técnico Luiz Claudio Knierim, a realizar-se às 18h30min do dia 23 de fevereiro, na Sede da Fundação – Av. Borges de Medeiros, 1501 – Sala 10 - Térreo. Fone: 32281711 

Fonte: Blog do Léo Ribeiro

Texto Retirado do Blog Prosa Galponeira http://www.prosagalponeira.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Regulamento e Ficha de Inscrição da 5ª Capela da Canção Nativa





5ª Capela da Canção Nativa de Amaral Ferrador, o evento ocorrerá nos dias 13, 14 e 15 de Maio de 2011.


Mais informações com Cuca Netto
51 - 99593635

9ª SENTINELA DE CAÇAPAVA DA CANÇÃO DE CAÇAPAVA DO SUL


Está programada para os dias 08, 09 e 10 de abril de 2011, a 9ª Sentinela da Canção Nativa, festival da cidade de Caçapava do Sul.  As inscrições podem ser encaminhadas até o dia 09 de março para Rua Gal. Neto, 1080 - CEP: 96570-000 -Caçapava do Sul. O time de jurados já está definido: Adair de Freitas, Cristiano Quevedo, Marcello Caminha, Roberto Huerta e Victor Hugo.  Eles selecionarão 14 musicas para a etapa geral e 10 para a etapa local. Destas, 15 retornarão ao palco na coralelas.
ndição de finalistas. A Sentinela oferece R$ 1.200,00 de ajuda de custo por música, mais R$ 300,00 para as que chegarem a final. O primeiro lugar leva R$ 2.500,00, o segundo R$ 1.500,00, o terceiro e a mais popular recebem R$ 1.000,00, e a quarta colocada recebe R$ 500,00, mesmo valor destinado as premiações pa

Músicas classificadas para o 10º Acampamento da Canção de Campo Bom .



Entre o final da década de 80 e início da década de 90, quem perguntasse o nome de um dos mais renomados festivais de música nativista do estado recebia como resposta o Acampamento da Canção Nativa de Campo Bom. Realizado pela última vez em 1992, depois de 19 anos a Prefeitura retoma o festival que tem sua volta festejada entre as comunidades tradicionalistas gaúchas e entusiastas da cultura nativista. O 10º Acampamento da Canção Nativa, que acontece no dias 3, 4 e 5 de março, no Parque Municipal do Trabalhador, promete reunir os principais nomes do nativismo em três noites de talento e muita arte. . Queremos que ele retorne com toda a sua magnitude e reunindo o que há de melhor e mais bonito no nativismo", reforça o prefeito Faisal Karam. A fim de viabilizar a realização da grande festa nativista, a Prefeitura já está trabalhando na infraestrutura do novo Parque Municipal do Trabalhor, espaço que está sendo construído na área do antigo CTG Campo Verde, adquirida pela Administração em 2010. O local irá sediar a cidade de lona onde ocorrerá o festival. 
        "O Acampamento é uma das páginas musicais mais belas do RS, figurou entre os principais festivais e eu  como sou cria dele, iniciei minha carreira nele, estou muito feliz com a sua volta". A afirmação do músico Délcio Tavares resume a importância do Acampamento da Canção Nativa para a comunidade tradicionalista. Ele faz coro a outro nome do meio, o poeta e pajador Paulo de Freitas Mendonça, que também comemora a retomada do evento: "que saudades gerou esse festival que nunca deveria ter deixado o calendário cultural do nosso estado".
  
           O secretário ressalta que a volta do Acampamento da Canção Nativa é uma grande felicidade para a cidade de Campo Bom e para a comunidade. “Eu participei de todos os festivais do 1º ao 9º e era um evento de primeira grandeza. O Acampamento da Canção Nativa era o expoente da cultura de Campo Bom, o maior evento cultural que nós tínhamos na época. A volta dele era um pedido antigo da comunidade, todos estavam com saudades, além da importância histórica e cultural que ele tem para a cidade”, finaliza o secretário.
Foram recebidas 297 composições que foram  triadas nesta segunda feira pelos jurados: Mauro Harff, Valdemar Camargo, Guilherme Collares, Jaime Brum Carlos e Luiz Carlos Borges.

Músicas Classificadas .

1. Toada Boieira (Rodrigo Duarte/Mateus Neves da Fontoura)
2. O Espelho no Escuro (Carlos Omar Villela Gomes/Paulo Righi/João Bosco Ayalla/Nilton Júnior)
3. Pelos Olhos Canto Luas (Mauro Dias/Zulmar Benitez)
4. Um Romance Chamamecero (Wilson Vargas/Eduardo Lopes)
5. O Homem e o Rio (Arabi Rodrigues/Xiruzinho)
6. Espelho da Milonga (Alex Palma/Tuny Brum)
7. Descendente (Lisandro Amaral/Cristian Camargo)
8. Milonga de Campo A Laurindo Pedra (Fabio Maciel/Gujo Teixeira /Vitor Amorim)
9. O Casco e a Pedra (Gujo Teixeira/Zeca Alves/Vitor Amorim/Juliano Gomes/Kiko Goulart)
10. Tenho Dito (João Stimamilio/Érlon Péricles)
11. Por Trás da Face dos Homens (Martim César Gonçalves/Antonio Guadalupe Júnior)
12. O Poeta e o Tempo (Adair de Freitas)
13. À João Evangelista (Geraldo Trindade)
14. Campo Bom é Um Paraíso (Roberto Ornes/Alexandre Oliveira)
15. Um Llanto de Cunumi (Zé Renato Dauth/Diego Muller/Juliano Moreno)
16. As Mãos (Rodrigo Bauer/Pedro Guerra Pimentel)
17. Manga de Chuva (Felipe Severo/Felipe Barreto)
18. Maria (Rafael Chiapeta/Cristian Camargo)



9° Bivaque da Poesia Gaúcha 

- Cruz de Cedro
Autor: Rodrigo Nolibos Bauer

- Ode as Mãos do Bem
Autor: Vaine Darde
- Porque Choram Inocentes
Autor: Jorge Luiz Rosa Chaves
- A Dor
Autores: Claudio Silveira/ Cristiano Ferreira Pereira
- Horizontes Largos
Autor: Rodrigo Canini Medeiros
- O Corvo
Autor: Luis Lopes de Souza
- Palanque
Autor: Cristiano Ferreira Pereira
-Por Esta Luz
Autor: Guido Moraes
- Corrida de Lebre
Autor: Lauro Antônio Corrêa Simões (in memorian)
- Do Outro Lado do Rádo Nardidio
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