OUÇA RÁDIO TERRA GAÚCHA

segunda-feira, 21 de março de 2011

Prece do Laço por Bernardo Waihrich e arranjo musical de Alexandre da Luz

Buenas Gauchada, hoje venho trazer aqui um video sobre a Poesia Prece do Laço!
Eu tive o prazer de assistir pela primeira vez este ano a prova do Laço Certeiro no Rodeio do Conesulna Estância do Minuano em Santa Maria/RS, e na noite de sexta- feira aconteceu o Leilão Laço Certeiro 2011, onde o Bernardo Waihrich da Cabanha do Troncos apresentou a poesia Prece do Laço, muito linda por sinal.
Gente espero que apreciem assim como eu esta linda prece!!
Grande Abraço a Todos.




Foto Quelen Bicca

Foto Quelen Bicca



Prece do Laço

Autor: Bernardo Waihrich
Música: Alexandre da Luz

Continente americano, pátria o pampa, idêntidade gaúcho
Assim se indentifica o habitante desta terra
que aprendeu tirar sustento do que o sul lhe oferecia.
Vastos campo se sabia que eram povoados com gado
e o gaucho aquerênciado nesta pampa sulína, ganhava a vida lidando
e assim foi se aprimorando nestas artes campesinas.

Guerreiros de quatro patas facilitavam o trabalho  nos campos largos da pampa.
Onde o gaúcho e seu cavalo eram perfis de uma estampa,
dependêntes um do outro como o cantor e a garganta.
E esta santa parceria do homem e do cavalo,
por vezes não compreendida, mas que é o retrato do pago.
Foi a maneia segura  pra nossa sobrevivência,
e depois dos anos passados  esta vivo na memória
As patas destes ciroulos que escreveram nossa história.

A lei, a lei era estar montado e o resto vinha no grito.
De vez em quando um cambicho pra aliviar a canceira,
das reculutas de potro na perícia das boleadeiras.
E assim firmou- se a raiz do índio que campereava ,
na pampa bruta lidava cumprindo a sína de guapo
Eternizando rituais  que até hoje são lembrados.
Sagrado ofício campeiro era cumprido no braço
Estendendo um doze braças nas patas de uma picaça pra mais um tiro de laço.

E o laço, o laço é arma sagrada que Deus inventou pra o peão.
Abençoando a criação que servia de alimento,
e o couro matéria prima pra aquele santo estrumento.
Ferramenta de valor, que tento a tento traduz,
a essência da alma gaúcha, que num grito de ala pucha,
num pealo de sobre lombo ecoa a força campeira com o barulho do tombo.

Numa volta de rodeio que serventia ele tinha,
se abrindo de toda trança e se esparramando no espaço
abrindo bem a bragada pra curar a abichada antes de chegar no passo.
Nas estâncias do Rio Grande era costume da indiada,
Nas folgas e nos feriados disputar uma gauchada.
Habilidade campeira de laçar sem as orelhas livrando pra cachorrada.

E assim o tiro de laço se perpetuou pelos anos,
fazendo a modalidade um esporte nacional
que revive a cada armada a força de um ideal.
Que Deus conserve o teu braço e as patas do teu cavalo,
que guarde também teu laço pra dar de presente ao filho como primeiro regalo.
Assim posso acreditar que mesmo quando eu me for e não poder mais laçar,
teu filho vai cultivar o Rio Grande com amor.
E quando por fim me levares, meu patrão velho campeiro
Me permita uma última armada, somente por gauchada
Que seja laço certeiro.
Eu disse Patrão que quando por fim me levares, meu patrão velho campeiro
Me permita uma última armada, somente por gauchada
Que seja laço certeiro.




                .





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