OUÇA RÁDIO TERRA GAÚCHA

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sou Gaucho e Bato No peito

Buenas meus amigos do Blog, segue mais um artigo do meu amigo Jean Carlo lá de Erechim.
Reparem bem no que ele fala no artigo, pois é muito interessante.
Espero que gostem.
Abraço



Sou Gaucho e Bato No peito

            Quero começar este relato manifestando que fiquei de certa forma desapontado com a cordialidade e recepção que tive neste mês que passou, pelos amigos e irmãos do estado do Paraná.
            Falo isso pois por algumas cidades, e vejam bem, falo algumas pois realmente ainda acredito que não podemos generalizar, mas enfim, por algumas cidades que passei e visitei devido a meu trabalho, não tive uma recepção e cordialidade a altura deste estado.
            Acredito que não deveria fazer parte do tratamento que dispensamos com visitantes a nosso estado piadinhas e insistentes afirmações do tipo que todo gaúcho é suspeito, ou pronomes do tipo “guayucho”. Pelo menos, não é o que aprendi vivendo neste pago de cá.
            Aprendi sempre que devemos tratar nossos visitantes com total cordialidade, manifestando o quanto nos sentimos honrados em telo-s em nosso convívio.
            Mas como disse antes, não generalizo isso, pois ainda acredito que este estado de fundamento tem com certeza pessoas que admiram e se sentem honradas em receber e conviver com um gaúcho de fato.
            Bueno, feito o manifesto, gostaria de emprestar as palavras de alguns amigos poetas, para melhor expressar este sentimento:
            “Me perdoem os que pensam que ser “Macho” é “Pegar”  o maior número de mulheres na noite, mas aprendi  por a cá que ser macho é não ter vergonha de dizer que tenho a xirua mais bonita do que a flor da maçanilha.
            Me perdoem os que pensam que se “Macho” é beijar todas, mas no meu pago aprendi que sinto o mundo ficar pequeno, quando bebo o sereno nos lábios da minha prenda.
            Me perdoem os que pensam que ser “Macho”é tomar todas e todas de uma única vez em uma festa, mas está arregado em meu sangue que ainda devo convidar o patrão velho pra cevar comigo o mate nas manhãs de maio.
            Me perdoem os que dizem que para ser “Macho”não devemos chorar, mas aprendi desde piazito que por vezes o sal dos olhos é uma lágrima sentida, que nos desce pela face em uma fresta da vida.
            Me perdoem os que pensam que ser “Macho”é não ter destino nem paradeiro certo, mas acredito ainda que nos dias que volto pra o rancho, e ainda peço que Deus sempre me permita sonhar sempre assim, Não  tem preço olhar minha esposa mateando a minha espera, e ver nossa filha sorrindo pra mim.
            Me perdoem os que lêem e não me compreendem, mas como disse uma vez Anomar Danubio Vieira:

"Quem é do garrão da pátria,Alma sangue e procedência, O amor pela querência traz retratada na estampa ,Retovos de casco e guampa no repertório da lida, Pra que o sentido da vida finque raízes na pampa"


                                     By     Jean Carlo Zaions Erechim-RS
e-mail:zaionsjeancarlo@gmail.com
MSN: jeancarlozaions@hotmail.com

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