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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vigília pode sair ainda este ano


Prefeito Ghignatti reunirá uma equipe para discutir sobre possibilidade de realização do evento

Sessão de segunda, na Câmara: pressão organizada da gauchada surtiu efeito em 24 horasSessão de segunda, na Câmara: pressão organizada da gauchada surtiu efeito em 24 horas
A reação da gauchada que tomou a sessão da Câmara Municipal na segunda-feira para defender o festival nativista cachoeirense Vigília do Canto Gaúcho na tribuna popular e a mobilização na internet da campanha Não Deixem Morrer a Vigília, que desde quarta-feira passada multiplica e-mails e manifestos contra o prefeito Sérgio Ghignatti, provocaram novo recuo de opinião na Prefeitura. O governo municipal voltou atrás de sua decisão de cancelar a edição deste ano da Vigília e já pensa em promover o evento ainda em 2011.
Pressionado pela repercussão negativa, o prefeito Ghignatti reúne hoje, a partir das 13h30min, seu staff para rever o quadro e possivelmente montar uma equipe para organizar o festival. Entre os chamados por GG estão a diretora municipal de Cultura Mirian Ritzel, o vice-prefeito Ronaldo Trojahn, a coordenadora da Oficina de Sonhos Jussara Ghignatti, o diretor de eventos Ênio Vieira e a já escalada coordenadora da Vigília 2012, professora Vera Prade. A equipe irá discutir no gabinete a viabilidade de tirar o evento do papel ainda em 2011.
Ghignatti diz estar aberto ao diálogo. “Embora o tempo esteja curto, vamos estudar as possibilidades, principalmente os recursos disponíveis. Talvez não consigamos fazer um evento de grande porte, como em anos anteriores, mas estou confiante de que ainda poderemos agraciar Cachoeira com o talento dos nossos poetas e cantores”.
Outra reunião já está marcada para sexta-feira, às 9h, com o Núcleo Cachoeirense de Compositores Nativistas, entidade que vem liderando o Salvem a Vigília. O encontro terá participação também dos dois últimos presidentes da Câmara Municipal, o atual José Vasconcelos e o anterior Oscar Sartório. A proposta é esgotar as possibilidades e gerar ideias para manter a Vigília. “Se Cachoeira quer o evento, não vai ser o prefeito quem vai impedir”, declarou Ghignatti. O prefeito pedirá à Câmara dotação orçamentária de R$ 50 mil para o evento. Este valor - mesmo sem outros patrocínios - já é suficiente para realizar uma Vigília menor, “mas com qualidade”, espera GG.
O QUE DISSERAM
“Agora devemos focar no que é real e concreto. Estou a favor da Vigília, quero como qualquer cachoeirense realizar o evento, que é importante para nossa cidade. Não vamos nos prender no que já passou, agora devemos unir forças para realizar o evento ainda este ano”
Prefeito municipal Sérgio Ghignatti
“Agora, com um diálogo aberto e ideias novas, pode ser que a Vigília saia do papel ainda este ano”
Oscar Sartório, vereador do PR
>> IMPORTANTE
O prefeito garantiu que no ano que vem os trabalhos para a Vigília do Canto Gaúcho começarão mais cedo, com planejamento e maior dedicação. Adiantou que vai sempre procurar dialogar com os tradicionalistas. “O que estiver ao nosso alcance, podemos negociar e fazer. O apoio de todos para a realização não só da Vigília, mas de outros eventos, é importante, pois ninguém é sabedor de tudo. Todos que tiverem conhecimento especializado podem ajudar Cachoeira a fortalecer o festival e os eventos culturais”, completou o prefeito.
AtençãoSérgio Ghignatti está disposto a manter os tradicionalistas a par de todos os movimentos para concretizar a Vigília 2011, com participação nas reuniões preparatórias e também no quadro de organizadores do festival.
Fofocas fazem mais uma vítimaO tradicionalista, cantor e compositor Leandro Neves, que vinha sendo um dos líderes da resistência pró-Vigília, deixou de participar da campanha, vítima dos falatórios e fofocagem via internet nos últimos dias. As insinuações de que sua participação no movimento era motivada por interesse eleitoral futuro poderia atrapalhar a campanha. Neves já foi candidato a vereador em 2008.
Segundo Leandro Neves, sua intenção não era política, mas de defesa do tradicionalismo e da cultura gaúcha. “Nunca pensei que fossem pensar negativamente sobre minha participação. Como qualquer cachoeirense, estava lutando por uma coisa nossa. Não se trata de política nem de exposição de imagem, se trata da Vigília do Canto Gaúcho. Tomara que os que me julgam façam a coisa certa”, completa. Com isso, os manifestos pensados por Neves, como cavalgada em frente à Prefeitura, foram cancelados momentaneamente.

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